Long Way?! Nada disso...

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Ontem assisti a um concerto dos Long Way to Alasca no Auditório Sá de Miranda_ Braga e não resisti a publicar algo sobre estes jovens músicos bracarenses. A sua sonoridade é dotada de sensibilidade nos arranjos e sons melodiosos, com alguns toques de folk e indy. Melodias ricas e imaginárias que facilmente preenchem os nossos corações.

Deixo aqui um excerto de um concerto no Museu D. Diogo de Sousa (Velha-a-Branca) e o vídeo de "Nandaio" (penso que o único que fizeram até hoje), bem como um excerto da entrevista feita pelo Bodyspace.net:






[ De repente começamos a ouvir falar dos Long Way to Alaska. Para vocês foi tão rápido aparecer como foi para nós rápido ver os Long Way to Alaska aparecerem?


Sim, para nós foi igualmente rápido. Não estávamos a contar uma aceitação tão rápida a partir do momento em que começamos a divulgar o primeiro EP.


E como é que nasce esse primeiro EP? Tanto quanto sei os projectos em que trabalharam anteriormente distanciam-se e muito deste novo projecto...


Sim, a verdade é que este é um rumo algo inédito para todos nós até à data. O EP surge de uns quantos ensaios que com o tempo se tornaram regulares. Fomos acrescentando melodias e instrumentos e ao fim de um par de meses percebemos que tínhamos material para editar uma coisa catita. E assim surgiu o EP.


Mas o que nos podes contar desses tempos passados e outros projectos?


Eu, o Gonçalo e o Nuno começamos cedinho a tocar juntos. Tivemos um ou outro projecto rock, mas nada sério. Mais tarde eu e o Gonçalo tocamos em Legend Of Man, que se pode dizer que já foi algo mais sério, entretanto terminamos também. O Lucas desde cedo também manteve projectos dentro do hardcore, mas infelizmente nunca saíram da garagem. Mais tarde a ideia de Long Way To Alaska surge do Nuno e do Lucas. Escreveram algumas músicas e chegaram a estar disponíveis no myspace. Entretanto acharam que seria interessante dinamizar o projecto e foi quando me "convidaram" a mim e ao Gonçalo para nos juntarmos à banda.


Mas esta sensibilidade quase pop quase folk que ouvimos no EP, como nasce? Foste tu e o Gonçalo que trouxeram esse lado?


Não, nunca fomos fechados a nenhum estilo musical. Daí termos tido o enorme gosto de fazer algo fora do rock e do peso a que estávamos habituados a tocar e a compor. O Nuno e o Lucas quando iniciaram o projecto, foi sem dúvida sob a influência de alguns artistas do pop/folk. Eu e o Gonçalo trouxemos mais algumas influências, umas mais ou menos, dentro desta onda "intimista" e "acústica".


(...)

Diriam então que os Long Way to Alasks são uma banda de amor?

Para já sim... até ver!
Se pudessem não ter nascido nos anos 00 em que década gostariam de ter começado com os long Way to Alaska?

Boa pergunta... Musicalmente acho que surgimos na década ideal, começa-se de novo a inovar o folk... é giro soar a "antiguinho modernizado", não sei se me entendes...
Assumem esse papel?

Não queremos assummmmmmiiiiiiir esse papel, mas algumas ideias musicais têm partido daí de forma inconsciente...
Fala-me da “Bad Bears”. É uma canção especial para vocês? Sinto que é a canção mais forte das 4 do EP...

Ora bem, não a sentimos como a mais forte... mas foi a primeira a ser composta a par da “Laugh Light and Love”. Sem dúvida que temos um carinho especial por ela, aliás foi um bocado daí que nasceram os Long Way To Alaska. E neste tema o Nuno está de parabéns, porque partiu inteiramente dele o tema. O resto da malta só fez uns arranjos...
E quem é que se está afinal a esconder e a fugir do urso? Como anda essa imaginação?

Ora bem, deixa-me fazer só uma chamada para o Nuno e já te respondo...
Não será necessário tanto…

[risos] Segundo ele, essa ideia surgiu quando esteve durante uns dias em repouso em sua casa após uma operação, e como se sentia "preso" em casa lembrou-se de que tal como o salmão foge do urso, ele também queria sair de casa e não podia... mais coisa menos coisa. No fundo as letras podem ter várias interpretações, mas eu não sou definitivamente a pessoa indicada para falar nelas...
Foi mais ou menos daí que saiu a vossa sinopse, digamos assim?

Sim, a ideia da banda, dos Long Way To Aalaska começou a construir-se com esses dois primeiros temas.
E como gostarias de escrever a vossa biografia em retrospectiva um dia, no final desta aventura?

Uma página de cada vez. Cada uma cheia de estórias e a certeza que tudo valeu a pena. [risos]
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